| 
                   LYGIA BARBOSA 
                  (BRASIL – MINAS GERAIS) 
                    
                  Nasci  no dia 05 de julho de 1928, numa cidade muito bonita do interior de Minas  Gerais que se chama CAMPO BELO.  
                    Aos dez anos, órfã de mãe, recebi o meu diploma do Curso Primário (...)   
                    Formei-me Normalista pela Escola Normal “Nossa Senhor de Loudes, de Lavras, MG,  em 1946. (...) Aos 19 anos casei-me e constitui uma família maravilhosa composta  de 9 filhos, todos formados (...). 
                    Em 1970 transferimos domicílio para Brasília em busca de maior espaço para a  numerosa família.(...)  
                    Graduei-me pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Centro de Ensino  Unificado – CEUB —, em fevereiro de 1985.   (...) 
                    Sou, também, professora da Fundação Educacional do Distrito Federal.. 
                    Este é o meu primeiro livro. (...) Leia e guarde! São retalhos de minh´alma!  São as marcas de meu passo... 
                  A AUTORA 
                  
                    
                      
                        .jpg)  | 
                       
                    
                   
                   
                   
                   
                    A VIDA  QUE EU SONHEI 
   
                      A vida que eu sonhei era tão bela 
                        Porém, tudo mudou tão de-repente 
                        Que enfrentando a borrasca e a  procela 
                        Muito pouco diviso à minha frente. 
   
                        Assim, imaginei um rumo estranho 
                        Que me trouxesse um pouco de  alegria 
                        E  com profundo pavor notei o imenso engano 
                        Que uma vida tão falsa me traria. 
   
                        Preferindo, portanto, a dura realidade 
                        Aqui estou pobre farrapo humano 
                        Merecendo, talvez, um pouco de  piedade 
                        Numa existência inteira de  trabalho insano. 
   
                        Tudo passou e quase nada resta 
                        No meu trilhar desesperado e  aflito 
                        A não ser a lembrança de uma festa 
                        Que vem a terminar num doloroso  grito.
   
   
   
                        PRIMAVERA 
   
                          Primavera que chega ridente e  festiva 
                        Envolvendo docemente o coração 
                        Desperta na alma sempre esquiva 
                        Uma conhecida e pungente canção. 
   
                        Primavera dos sonhos e das flores 
                        A desenhar na aurora fugidia 
                        Um poema sem igual desafiando  cantores 
                        Causando inveja até à luz do dia. 
   
                        Esperança e fé... Dias risonhos... 
                        A vida a palpitar, vibrante,  inteira... 
                        E em cada cor, em cada fantasia 
   
                        Uma promessa feliz irradiando 
                        A ternura de um céu cheio de  estrelas 
                        Declinando no ocaso que extasia.
   
   
   
    AVE, MESTRE 
   
    No dia do professor 
                        Queremos muito aplaudir 
                        Aquele que, como o Senhor, 
                        Nos vem o caminho abrir. 
   
                        Nos nossos dias de luta, 
                        Em direção ao porvir, 
                        Iremos muito contentes 
                        Confiantes e a sorrir 
   
                        Pois alguém conosco está 
                        Alegrando-nos a vida. 
                        Por certo também irá 
                        Nas lembranças mais queridas. 
   
                        Salve, Salve Professor! 
                        Queremos-te um grande bem 
                        E porque nos deste amor 
                        Iremos para mais além.  
   
                        Nossas glórias serão tuas, 
                        Será teu nosso prazer 
                        De tuas santas mãos nuas 
                        Recebemos o SABER.  
                    
                   PASSARINHO,  PASSARINHO... 
                     
                    Passarinho,  passarinho 
                      Que fazes no meu jardim? 
                      Procuras decerto um raminho 
                      Para pousar alto assim... 
   
                      Passarinho, passarinho 
                      Gosto de ver-te voar 
                      Nas alturas do infinito 
                      E sobre a espuma do mar.| 
   
                      Como és lindo, passarinho, 
                      Gosto de ver-te voar 
                      Nas alturas do infinito 
                      E sobre a espuma do mar. 
   
                      Como és lindo, passarinho. 
                      Batendo as tuas asinhas 
                      Num voo leve, bem levinho 
                      No espaço em que te aninhas! 
   
                      Voa, passarinho, voa! 
                      Vai alto, bem alto assim... 
                      E não te esqueças que um dia 
                      Deves voltar para mim. 
   
                      Eu estarei esperando 
                      Entre as flores do jardim 
                      Cada vez mais te amando 
                  Querendo-te junto de mim. 
                    
                  * 
                  VEJA e  LEIA outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:  
                  http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html  
                  Página publicada em  outubro de 2024. 
                  
  |